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Empregos durante o covid

O Marcelinho me concedeu uma graça muito especial, que enche meu coração de certeza que esse santo homem está hoje perto de Deus, na Glória do Céu. Tenho essa certeza pois não acredito em coincidências e meu relato teve muitas, ao meu ver. Sou formado em direito na UFSC, alma mater do Marcelinho, mas nunca tinha ouvido falar dele. Eu conheci sua história através de alguns amigos do Centro Cultural Navegantes, mas nunca havia nutrido uma especial devoção ao Servo de Deus Marcelo Câmara, apenas o respeito e admiração que são correntes às almas piedosas. Ocorre que depois de formado, já casado e com bebê de colo, enfrentei dificuldade de me encontrar profissionalmente numa carreira, bem como arranjar uma vaga de emprego num mercado tão disputado. Nessa época, eu e minha esposa íamos rezar o terço todos os dias, implorando a São José e à Nossa Senhora que abençoasse nossos empreendimentos familiares e nos desse o sustento necessário. Foram dias difíceis, mas nunca nos faltou nada. Naquela igreja, Sagrado Coração de Jesus nos Ingleses, encontrei vários santinhos do Marcelinho e lembro de ter comentado com minha esposa “Nossa… O processo ja avançou, temos que rezar por ele também”. Rezamos durante alguns meses todos os dias na igreja, até que me foi dada a oportunidade de ocupar uma vaga temporária longe de Florianópolis, mas numa área que muito admirava, como assistente no Ministério Público de Santa Catarina. Como era temporário, tinha que aprender rápido e manter as orações em família, chegando no local de trabalho e cumprimentando meu chefe, vi em sua mesa o mesmo santinho do Marcelo Câmara que há meses tinha visto naquela igreja. Aquilo chamou minha atenção e foi suficiente para que, ao menos de vez em quando, fizesse uma jaculatória pensando no Marcelo. Quando meu tempo neste cargo provisório começou a se esgotar, voltei retornei a procura por vagas, mas agora obstinado a seguir na carreira do MPSC. Após várias negativas, um teste, que parecia ser o último, ficava há muitas horas de carro da minha cidade e lá fui. Em certa altura da viagem, desliguei todos os aparelhos de som, concentrei-me na viagem e comecei a conversar com Deus, com meu anjo e…. Do nada uma inspiração: rezar com Marcelinho. Como se ele estivesse ao meu lado abri meu coração, chorei meus vícios, contei alegrias e, por fim, lhe propus uma “barganha”: “Marcelinho, dá-me um sinal que tu estás na Glória. Marcelinho, se estás na Glória, concede este milagre…. Marcelinho, eu não tenho pressa, fica nas tuas mãos, pede a Deus por essa graça… Protege minha família … Guia minha inteligência” Fui até o teste, mas também foi um “não” (fiquei em segundo lugar). O retorno para casa foi mais doloroso, escuro, sozinho, muitas horas até chegar…. Implorei ao Marcelinho agora sem nenhum pudor : “Meu amigo do céu, me dá essa graça, está nas tuas mãos… Se não é aqui, onde vai ser? Não tenho pressa, mas minha mulher tem! Hahahah” Foi assim minha volta, algumas horas de uma sexta-feira à noite em constante conversa-oração com Deus e Marcelo. Estava triste, é verdade, mas na Santa Missa entreguei essas dores a Jesus e roguei a Deus pelas almas do purgatório… Nessa hora ofereci minha Comunhão especialmente ao Marcelinho, peticionando novamente por um “sinal” de que ele está na Glória Celeste. Voltando novamente ao trabalho na segunda-feira a tensão aumentava: eram minhas últimas duas semanas no cargo temporário. Cheguei a comentar que fui bem no teste, mas não fui aceito com meu chefe, ele ficou um pouco chateado, mas manteve o ânimo e disse-me que era uma questão de tempo, que eu não perdesse a fé. Eu acho que não passou nem um minuto depois de nossa conversa, o chefe me chamou mais uma vez em sua sala e disse “mas você tem sorte hein?” “Um colega acabou de me ligar, ele precisa de um assistente, pois uma das pertencentes à sua assessoria havia pedido exoneração” respondeu meu chefe. Mal sabia eu que esse promotor era um dos melhores amigos do Marcelinho, foi seu colega de faculdade, colega no MPSC e, por “coincidência”, apoiador da causa de canonização. Depois da entrevista fui aceito como assistente de promotor. Para mim, Marcelo Câmara enviou o “sinal” que pedi, sem sombra de dúvida. Eu e minha esposa temos devoção a ele, pela proteção que nos concedeu num momento de tantas incertezas. Marcelo Câmara, rogai a Deus por nós.

Conseguimos manter nossos empregos, eu e minha noiva, que trabalhamos na mesma empresa, mesmo após a notícia de redução de pessoal por conta da crise do COVID-19. Anonimo 

Nome: A.A. Cidade / Estado: Rio de Janeiro/RJ 23 04 2020